Olá a todos!!!
Ontem esqueci-me de vos dizer que fiquei no turno das 4h às 8h e das 16h às 20h. Como vos disse antes participam neste cruzeiro pessoas de vários países, pelo que terei como companheiros de jornada Gertrud Cigen (Teacher at Sea – Noruega); Hanno Kinkel (Institut für Geowissenschaften, Marine Paläoklimaforschung, Christian Albrechts Universität, Kiel – Alemanha); Kikki Kleiven (Bjerknes Centre for Climate Research, Univ. de Bergen – Noruega); Genna Patton, (Univ. de Chicago – EUA); Catalina Sureda-Carrio, (Teachers at Sea – Espanha); Catherine Kissel, Aurélie Van Toer, Camille Wanders, Georges Oggian, Nathalie Dubois, Stephano Bonelli, de Itália (Laboratoire des Sciences du Climat et de l´Environnement, Gif sur Yvette – França) e Martin Mellet (IPEV).
Como vêm não é só o navio que é grande… e a diversidade de línguas faladas não se fica por aqui, como vos contarei depois.
Por falar em línguas esta tarde fui chamado à cabine do comandante do navio que me pediu para traduzir um documento, enviado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do nosso país, relativo à autorização para que o R/V Marion Dufresne possa cruzar as nossas águas territoriais e recolher amostras de sedimentos na região dos Açores.
Um pouco depois deste facto curioso, assistimos a uma breve sessão de esclarecimento sobre as regras básicas de segurança a cumprir a bordo do navio, deram-nos as instruções necessárias para vestirmos os fatos salva-vidas (que temos à nossa disposição em todas as cabines) a que se seguiu um exercício de simulacro de evacuação do navio em situação de emergência.
Chegámos já de noite à margem continental de Marrocos e, após algum período de pesquisa do melhor local para perfurar, foi efectuada primeira carotagem Casq (que permite obter testemunhos de sedimentos curtos e quadrados. Apesar de inicialmente se pensar que os sedimentos tinham sido perdidos durante a colocação do equipamento no convés, verificou-se que se obteve testemunho de sedimentos, com cerca de 7 metros, correspondente à zona mais superficial do fundo do oceano. Efectuou-se também o primeiro lançamento do equipamento Calypso. Neste segundo furo as coisas não correram tão bem e, ao ser colocado no convés, verificámos que o tubo estava dobrado na parte superior. Devido a esta situação efectuou-se um segundo furo na mesma zona.
O tubo do sistema Calypso dobrado
Amanhã iremos abrir os tubos e ver os primeiros sedimentos recolhidos nesta campanha oceanográfica. Logo vos conto como foi…
Sem comentários:
Enviar um comentário