BEM-VINDOS

Olá a todos!!!
Participem comigo nesta aventura, acompanhando o trabalho desenvolvido por uma equipa internacional de cientistas, a bordo do R/V Marion Dufresne, durante o cruzeiro oceanográfico MD168 - AMOCINT (IMAGES XVII) que decorrerá, no Atlântico Norte, entre 15 de Junho e 10 de Julho de 2008.

Estou a contar com os vossos comentários e questões!

Obrigado a todos pelo vosso apoio e colaboração...

Hélder Pereira
"Teachers at Sea"
Educational Program
Escola Secundária de Loulé
PORTUGAL

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Dia 13 (27Jun)

Coordenadas: 52˚70’ N 35˚94’ W

Olá a todos!!!

Esta madrugada, ao acordar, fui surpreendido com a notícia de que tínhamos regressado à primeira estação da região da fractura Charlie-Gibbs e que estavam a puxar para o convés o equipamento Calypso. À segunda tentativa conseguimos recolher o testemuho de sedimentos mais comprido, obtido até ao momento nesta campanha, com cerca de 53 metros. Tivemos muito que fazer ao longo do dia…

O mar e o vento estiveram mais calmos, mas as temperaturas continuaram baixas (com máximas entre 8 e 10 ˚C) ao contrário das temperaturas elevadas que se têm registado no nosso país.

Após a equipa que lida com os equipamentos de carotagem ter colocado o tubo de aço do sistema Calypso no convés e retirado o tubo de plástico do seu interior o seu trabalho terminou. A partir dali entrámos nós em acção. Entre as quatro e as oito da manhã tivemos que cortar o tubo de plástico, que contém os sedimentos, em secções e transportar cada uma delas até ao local onde as amostras são tratadas. Hoje foi seguramente o dia em que tivemos mais trabalho. Quando o nosso turno regressou ao convés às quatro da tarde ainda havia tubos para limpar e identificar. Para além disso ainda tivemos que cortá-los em duas metades (uma para arquivo e a outra para analisar e estudar), catalogá-las e empacotá-las.


Abertura de um testemunho de sedimentos Calypso

Os sedimentos da metade que é analisada a bordo foram descritos usando-se um formulário que permite recolher informações relativas à estratigrafia, espessura das camadas, litologia e estruturas sedimentares, textura (alguns dos cientistas chegam mesmo a provar os sedimentos de forma a descrevê-la), conteúdo fossilífero e perturbações resultantes do manuseamento das amostras.


Descrição de um testemunho de sedimentos

Para além desta descrição qualitativa os testemunhos de sedimentos foram analisados no Multi Sensor Track (MST) a que já fiz referência. O MST é um conjunto de instrumentos, localizado num contentor, que permite medir algumas propriedades físicas dos sedimentos recolhidos. Estas propriedades são a velocidade de propagação das ondas P, o diâmetro e temperatura do testemunho de sedimentos, a atenuação de radiação Gama e a susceptibilidade magnética. Os sedimentos foram ainda fotografados e analisados por um espectrómetro.


Análise de sedimentos no MST

Depois de tudo isto terminámos o turno e pudemos finalmente ir jantar, descansar e dormir uma noite de sono completa, pois iniciámos um período de “trânsito” de cerca de 24 horas, rumo a Nordeste, até à zona de Gardar.

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