segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Hello Again!!!
I truly think that this experience onboard R/V Marion Dufresne will change and improve my teaching strategies allowing me to take “real science” into the classroom. I would like to acknowledge the European Geosciences Union (EGU) and the French Polar Institute (Institut Paul-Emile Victor - IPEV) that have funded the «Teachers at Sea» educational program. And particularly I would like to thank Carlo Laj, coordinator of the program, for inviting me to take part in this magnificent experience. I can only hope that other fellow teachers will have the opportunity to participate and enjoy the great experiences this program provides.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Day 23 (07Jul2008)
Location: 49º06’N – 11º32’W
Sadly, our journey is quickly coming to an end. Although we have thoroughly enjoyed ourselves, and are sad to pack up our things and say our goodbyes, we are also excited to see our families and friends back on 'terra firma'. Together, we have learned and experienced many new things that we hope to incorporate into our classrooms. We also hope to disseminate the information to other teachers so that they might also share the experience with their students. Including samples of authentic science is a key component of science instruction.
We are now sailing back towards the South, not far from the Irish coast. Yesterday we prepared our mail with Captain F. Duchene, and included many different hand stamps. Also yesterday Catherine Kissel, the chief scientist of the mission, summarized the results of the cruise. On the mission 10 Casq cores, 13 Calypso cores, and 4 Multicores, (together 483m of cores) have been taken (although not all of these were successful). So far we have traveled 5000 miles. Another important piece of information presented was the amount of time spent at each site (for surveying, coring, and transit).
For each coring site, magnetic susceptibility and lightness, or color reflectance, were correlated between the Calypso and Casq cores.
In the coming days we have many tasks to accomplish to get ready for our arrival in Brest. Tomorrow we will take two or three more cores south of Ireland and west of Brest, which we must process quickly. All available data must also be turned in for the scientific report, and all of the samples must be carefully packed. The ship must also be cleaned for the "BREST 2008" festival, a naval festival which only takes place once every four years. During the festival a delegation of the French minister of education will visit the R/V Marion Dufresne and Hélder and
Carlo will inform them about the Teachers at Sea program.
We thank you very much for following our journey through our emails.
Sincerely,
sábado, 5 de julho de 2008
Day 20 (04Jul)
We are in the last week of our journey, and we still have a large portion of the work of the mission to complete. We are currently in a critical site in the Vøring Plateau, where we have three coring sites and will take multiple cores of different types at each site. The weather is beautiful here off the coast of Norway, and the forecast for the time we will spend here looks very pleasant! The sea is calm and brilliant with the sunlight reflecting off of it. It is strange for most of us to have full sunlight throughout the night. This should make the 4-8am shift a bit easier for Catalina, Gertrud, and Hélder.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Day 18 (2 Jul)
Location: 64º32'N - 05º56'W
A chief scientist or a PhD student presented first; and then a masters student. These lectures help us to more clearly understand the goal of the AMOCINT Project. The masters students presentations include research covering other areas of oceanographic, biological and geological research. These presentations are also a good opportunity for the students to practice presenting their research.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Dia 17 (1Jul)
Olá a todos!!!
Hoje voltámos a ter um dia com um Sol resplandecente. Obviamente as temperaturas foram igualmente mais agradáveis. É incrível a forma como o tempo muda de um dia para o outro. Não deixa de ser curioso que, sendo esta missão oceanográfica dedicada ao estudo das alterações climáticas, possamos constatar quão variável é o estado do tempo no curto prazo.
Durante a manhã tivemos a oportunidade de ver a equipa da Universidade de Kiel (Alemanha) a realizar a amostragem de alguns testemunhos de sedimentos cortando-os em fatias de 1 cm. Os sedimentos eram depois colocados em frascos, devidamente catalogados, para mais tarde serem submetidos a análises isotópicas (δ18O e δ13C).
Amostragem de um testemunho de sedimentos Calypso
A seguir ao almoço efectuámos uma visita à sala das máquinas onde se localizam os dois motores eléctricos, com uma potência de 3000 kW cada, que, para além da propulsão até uma velocidade máxima de cerca de 16 nós, permitem que o navio se mantenha na mesma posição durante a realização das operações de carotagem. Pudemos ainda ver o conjunto dos três geradores a diesel que têm uma capacidade de produção de 8250 kW de energia eléctrica.
Motor eléctrico do Marion Dufresne
Motor eléctrico do Marion Dufresne
No entanto, o que mais me impressionou, foi o sistema de dessalinização de água do mar que tem uma capacidade para tratar cerca de 20 toneladas de água por dia, permitindo que não haja falta de água a bordo. Assim, podemos tomar vários duches por dia de forma a vermo-nos livres da lama com que nos sujamos quando trabalhamos com os testemunhos de sedimentos no convés.
Durante a tarde assistimos ainda a uma segunda palestra sobre as propriedades magnéticas dos sedimentos. À noite festejámos antecipadamente a passagem do Círculo Polar Árctico, pois amanhã, ao chegarmos ao planalto de Vøring, voltaremos a realizar perfurações e ao trabalho por quartos no convés (…). Espero que em breve possamos assistir ao fenómeno do Sol da meia-noite.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Dia 16 (30Jun)
Olá a todos!!!
Hoje o mar esteve muito agitado. Creio mesmo que foi o dia em que o navio mais balançou desde o início do cruzeiro. As temperaturas voltaram a diminuir para valores abaixo dos 10 ˚C.
Vagas no alto-mar a caminho do Círculo Polar Ártico
A manhã foi dedicada essencialmente ao descanso (deu para dormir até um pouco mais tarde do que o costume) e ao exercício físico. Voltámos a jogar badmington e também ténis de mesa. Acreditem que com o navio a balançar é bem complicado praticar desporto.
Jogando badmington a bordo do Marion Dufresne
A seguir ao almoço voltámos a assistir a uma palestra sobre modelação climática. Deu-se ainda início aos preparativos da cerimónia de passagem do Círculo Polar Árctico.
Após o jantar, para quebrar a rotina, houve uma sessão de cinema na sala de conferências em que temos assistido às palestras.
Day 16 (30Jun)
Today we are on the second day of a 5 days transit up north. Right now we are somewhere between Iceland and the Faeroe Islands. The next site we are going to core are the Voeringer Plateau. Until now we have taken 8 Calypso cores, 6 Casqs and only one Multicore, some failed unfortunately.
In order for an oceanographic campaign to be successful many people must collaborate on many levels. Research of this type requires a tremendous amount of planning and manpower. For instance, the AMOCINT project is spearheaded by four groups. Each group focuses on one or more specific geographic areas, but for the most part they conduct similar and/or complementary analyses on the sediments. The group from the University of Kiel is currently focusing on the vicinity of the Açores, The two French groups from the University of Bordeaux and the L.S.C.E. of Gif-sur-Yvette are focusing on the areas of the Charlie-Gibbs Fracture Zone, Gardar strait and the Vöringer plateau.
Although what we do on a day-to-day basis before, during, and after the cruise is very different, we are all working towards a common goal. There are many people on the ship from different cultural backgrounds and who speak different languages. Just some of the languages you will hear on a daily basis during this campaign are French, English, Norwegian, and German, but there are many others!
Thank you again for your continued interest!
Hélder-Catalina-Gertrud-Jean-Angela-Carlo
domingo, 29 de junho de 2008
Dia 15 (29Jun)
Olá a todos!!!
Hoje atravessámos o paralelo 60… O mar e o vento mantiveram-se calmos ao longo da maior parte do dia. O Sol voltou a brilhar e as temperaturas estiveram um pouco mais agradáveis.
Sendo Domingo a comida foi especial. Como já vos disse as refeições a bordo do Marion Dufresne são uma maravilha. Ao pequeno-almoço tivemos direito a comer uns pãezinhos com passas ainda mornos… Uhm… que delícia! Ainda da parte da manhã, para manter a forma, jogámos badmington, ténis de mesa e andámos um pouco de bicicleta. O almoço incluiu como costume uma entrada e um prato. A entrada foi um Feuillté d’escargots e a refeição principal foi Sanglier des Ardennes com Pommes Paillassons e um Fagot de Haricots Verts acompanhada com um belo Chardonnay branco. Seguiu-se um Plateau de fromages e um Banc d’Opéra como sobremesa. Estava tudo delicioso!!!
Sanglier des Ardennes com Pommes Paillassons
De tarde, como estamos em “trânsito” entre estações, e não temos testemunhos de sedimentos para tratar e analisar, assistimos a uma palestra sobre o campo magnético terrestre e as propriedades magnéticas dos sedimentos.
O resto da tarde foi dedicado à lavagem de roupa e descanso. O jantar também estava muito bom. Seguiu-se mais uma celebração de um aniversário. O momento alto do dia foi quando por volta das 23 horas surgiu um belo arco-íris no céu.
Sim… o Sol ainda brilhava, isto apesar de ainda não termos chegado ao Círculo Polar Ártico. Mal posso esperar para ver o Sol da meia-noite…
sábado, 28 de junho de 2008
Dia 14 (28Jun)
Olá a todos!!!
O mar e o vento mantiveram-se calmos ao longo da maior parte do dia. O Sol voltou a brilhar, mas as temperaturas mantêm-se baixas. Chegámos no final da manhã à zona da estação de amostragem de Gardar, localizada a sudoeste da Islândia, e já durante a tarde foi lançado ao mar o equipamento de carotagem Calypso.
O testemunho de sedimentos obtido não foi tão comprido quanto o esperado devido a uma “drop stone” que impediu o fecho do sistema de retenção dos sedimentos existente na ogiva. Perderam-se cerca de 30 metros de material e o testemunho de sedimentos ficou muito alterado, tendo sido recuperados apenas cerca de 23 metros. No final do dia zarpámos em direcção ao planalto de Vöring (onde serão recolhidos sedimentos em três locais) e, durante o turno das quatro às oito da manhã, terminámos o processamento do testemunho de sedimentos recolhidos em Gardar.
Day 13 (27 Jun)
Location: 54º 32’N – 32º 56’W
The Marion Dufresne now continues on to the second location in the Charlie Gibbs zone in hopes of better weather. The survey allowed the research team to make a more extensive bathymetric chart of the area.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Dia 13 (27Jun)
Olá a todos!!!
Esta madrugada, ao acordar, fui surpreendido com a notícia de que tínhamos regressado à primeira estação da região da fractura Charlie-Gibbs e que estavam a puxar para o convés o equipamento Calypso. À segunda tentativa conseguimos recolher o testemuho de sedimentos mais comprido, obtido até ao momento nesta campanha, com cerca de 53 metros. Tivemos muito que fazer ao longo do dia…
O mar e o vento estiveram mais calmos, mas as temperaturas continuaram baixas (com máximas entre 8 e 10 ˚C) ao contrário das temperaturas elevadas que se têm registado no nosso país.
Após a equipa que lida com os equipamentos de carotagem ter colocado o tubo de aço do sistema Calypso no convés e retirado o tubo de plástico do seu interior o seu trabalho terminou. A partir dali entrámos nós em acção. Entre as quatro e as oito da manhã tivemos que cortar o tubo de plástico, que contém os sedimentos, em secções e transportar cada uma delas até ao local onde as amostras são tratadas. Hoje foi seguramente o dia em que tivemos mais trabalho. Quando o nosso turno regressou ao convés às quatro da tarde ainda havia tubos para limpar e identificar. Para além disso ainda tivemos que cortá-los em duas metades (uma para arquivo e a outra para analisar e estudar), catalogá-las e empacotá-las.
Abertura de um testemunho de sedimentos Calypso
Os sedimentos da metade que é analisada a bordo foram descritos usando-se um formulário que permite recolher informações relativas à estratigrafia, espessura das camadas, litologia e estruturas sedimentares, textura (alguns dos cientistas chegam mesmo a provar os sedimentos de forma a descrevê-la), conteúdo fossilífero e perturbações resultantes do manuseamento das amostras.
Descrição de um testemunho de sedimentos
Para além desta descrição qualitativa os testemunhos de sedimentos foram analisados no Multi Sensor Track (MST) a que já fiz referência. O MST é um conjunto de instrumentos, localizado num contentor, que permite medir algumas propriedades físicas dos sedimentos recolhidos. Estas propriedades são a velocidade de propagação das ondas P, o diâmetro e temperatura do testemunho de sedimentos, a atenuação de radiação Gama e a susceptibilidade magnética. Os sedimentos foram ainda fotografados e analisados por um espectrómetro.
Depois de tudo isto terminámos o turno e pudemos finalmente ir jantar, descansar e dormir uma noite de sono completa, pois iniciámos um período de “trânsito” de cerca de 24 horas, rumo a Nordeste, até à zona de Gardar.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Dia 12 (26Jun)
Olá a todos!!!
O frio veio definitivamente para ficar… O mar entretanto, devido ao vento forte (cerca de 50 nós) que se fez sentir, esteve muito agitado o que dificultou os trabalhos de pesquisa dos novos locais a perfurar e a colocação do equipamento de carotagem na água. Continuámos ao longo de todo o dia a pesquisar diferentes locais na região de fractura Charlie-Gibbs.
O interesse em recolher sedimentos na zona da fractura Charlie-Gibbs tem a ver com o facto de a corrente de água profunda do Atlântico Norte passar por ali e permitir a deposição uma grande quantidade de sedimentos naquela região.
Locais de recolha de sedimentos na zona da fractura Charlie-Gibbs
Apesar de estar prevista a recolha de sedimentos em mais duas estações, as pesquisas efectuadas permitiram apenas encontrar mais um local adequado para o lançamento dos equipamentos de carotagem. O mar acalmou um pouco, pelo que no fim do dia ainda ali se conseguiu recolher mais testemunhos de sedimentos com dois dos tipos de equipamento de carotagem a bordo do R/V Marion Dufresne: Calypso e Casq.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Dia 11 (25Jun)
Olá a todos!!!
Hoje o mar esteve bastante calmo, mas a temperatura não passou dos 11 ˚C (…). Foi um dia de trabalho contínuo para todos os turnos.
Após termos chegado à zona da fractura Charlie-Gibbs, durante a madrugada, procurámos o melhor local para realizar a recolha de sedimentos. Uma vez concluída a pesquisa lançou-se à água o equipamento de carotagem Casq na primeira estação de amostragem.
Recolha de amostras no tubo de carotagem Casq
O primeiro testemunho de sedimentos recolhido permitiu obter uma boa sequência de materiais, depositados em períodos com diferentes condições climáticas, que eram facilmente identificáveis pela cor bege (interglacial) e cinzento-escuro (glacial).
Sedimentos depositados em diferentes períodos climáticos interglacial - e cinzento-escuro - glacial).
Nestes sedimentos foram encontradas rochas designada por “dropstones” que foram transportadas desde altas latitudes por glaciares que ao fundir permitiram a sua queda no fundo do oceano.
Outro aspecto interessante deste testemunho de sedimentos foi a possibilidade de identificar depósitos turbidíticos, que se caracterizam por ser mais grosseiros na base e mais finos no topo, bem como uma camada bastante rica em vestígios de diatomáceas.
Foram ainda lançados os equipamentos de carotagem multi-corer, cujos tubos regressaram vazios, e Calypso que regressou ao convés sem qualquer problema e cheio de sedimentos.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Dia 10 (24Jun)
Olá a todos!!!
Hoje o mar esteve bem mais calmo… e o Sol voltou a brilhar! A temperatura do ar tem baixado à medida que nos vamos deslocando para Norte. Ontem a temperatura máxima foi de 20 ˚C e hoje diminuiu para 12˚C.
A manhã foi dedicada a recuperar da festa que houve ontem a bordo para celebrar quatro aniversários que decorreram nos últimos três dias. Durante a tarde voltámos a assistir a uma palestra sobre os fundamentos da modelação climática.
O ponto alto do dia foi quando a Marie-Hélène Castera avistou uma baleia. Segundo a co-chefe da missão Kikki Kleiven é provável que avistemos mais baleias à medida que nos deslocamos para Norte. Se isso acontecer espero conseguir tirar algumas para partilhar convosco.
Entretanto, como vos prometi ontem aqui ficam as descrições dos restantes equipamentos de carotagem que temos usado a bordo do Marion Dufresne.
O sistema Calypso square (Casq) com cerca de 12 metros de comprimento não permite recolher testemunhos de sedimentos tão longos quanto o sistema Calypso, mas permite obter sequências sedimentares não perturbadas. Durante as operações de carotagem o tubo, com um formato quadrado (25cm x 25 cm), desce lentamente (sem queda livre) até ao fundo do oceano e penetra os sedimentos sem os movimentar. A grande superfície dos testemunhos de sedimentos obtidos com este sistema de carotagem permite estudar melhor a textura e estruturas sedimentares.
O sistema multi-corer usado nesta missão oceanográfica permite recolher amostras de sedimentos junto à interface com a água. É formado por uma estrutura metálica e quatro tubos de plástico com cerca de 50 cm de comprimento e 10 cm de diâmetro. Os tubos penetram lentamente nos sedimentos e a recolha das amostras termina ½ metro após o equipamento atingir o fundo do oceano. Este equipamento é usado em águas pouco profundas e quando as correntes oceânicas o permitem.
Dentro de algumas horas regressamos ao trabalho e iremos voltar a usar os equipamentos de carotagem que vos descrevi nas três estações de amostragem previstas para a região da fractura Charlie-Gibbs.
Day 9 (23Jun) - Part 2
Bonjour chers collègues!
On the ship several qualities of the sediment are described using the visual core description form that includes the summary of stratigraphy, bed thickness, lithology and sedimentary structures,
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Dia 9 (23Jun)
Olá a todos!!!
Hoje o mar esteve bastante mais agitado e o navio não parou de balançar todo o dia. Ainda assim, não há sinais de enjoo por estas bandas. Continuámos o nosso percurso rumo à zona da fractura Charlie-Gibbs e, na parte da tarde como não houve perfurações, assistimos a uma palestra sobre alterações climáticas. Toda a gente aproveitou ainda para descansar um pouco.
Como vos disse ontem, vou descrever o equipamento de carotagem Calypso. Trata-se de um sistema que permite obter testemunhos de sedimentos até cerca de 60 metros de comprimento e desenvolvido por Y. Balut no R/V Marion Dufresne. Esta capacidade de recolha de amostras de sedimentos oceânicos faz com que este seja um navio único no que à oceanografia diz respeito.
Após o navio ter fixado a sua posição sobre o local da estação de amostragem o equipamento é colocado na água com ao auxílio de uma grua. O tubo de aço do sistema Calypso, bem como o tubo de PVC com um diâmetro de cerca de 10 cm que está no seu interior e o lastro com 3 a 10 toneladas mantêm-se unidos ao navio através de um sistema de ancoragem por onde passa a um cabo de kevlar, com densidade 1. Esta característica do cabo faz com que, uma vez dentro de água, não adicione qualquer peso ao resto do equipamento e diminua as tensões a que o sistema de recolha do equipamento para o convés é sujeito. Numa das extremidades do sistema de ancoragem é colocado ainda um contra-peso com cerca de 100 quilogramas.
O equipamento desce a uma velocidade de cerca de 1 m/s até próximo do fundo do oceano e quando o contra-peso atinge a superfície o sistema de ancoragem é desbloqueado e o tubo e o lastro continuam em queda livre penetrando os sedimentos. A ogiva colocada na extremidade do tubo é fundamental quer para perfurar como para manter os sedimentos no seu interior. Segue-se a recolha do tubo de carotagem para o convés.
Uma vez no convés o tubo de PVC é retirado do interior do tubo de aço e dividido em secções de 1,5 m. Estas secções são então cortadas em duas metades uma das quais é descrita, fotografada e sujeita a análises preliminares; e a outra metade é embalada de forma a ser preservada e arquivada. Ambas são depois armazenadas em câmaras frigoríficas e levadas para os laboratórios das várias equipas de investigação envolvidas no projecto.
Day 9 (23Jun)
Location: 43° 58' N - 32° 36' W
Your fellow teachers at sea
domingo, 22 de junho de 2008
Day 8 (22 Jun)
Position: 38,33° N / 31,15° W
Hello dear fellow Teachers!
We have now reached the Azores and have started coring. First out was a CASQ core at 2024m depth. It takes about an hour or more to prepare the CASQ and then it takes over half an hour to lower it (1m/sec), and finally over an hour to pull it up again (0.2m/sec when still in the sediment and then again 1m/sec). It takes another hour to dismantle it before we start to process the core. It is an interesting procedure to watch. It is a very dangerous and difficult job for the crew members who are actually operating the coring equipment. After the CASQ the Multicore was sent down, and then the Calypso core. However, bad luck hit us and the whole score equipment got stuck in the bottom and was lost. We then transit to another site 4 hours away, where we took a CASQ and a Calypso score. The Calypso did bend this time, but we didn't loose it. We are now on our way to the next site, located in a region called the Charlie-Gibbs fracture zone.
Breakfast: Breakfast is served in a typically French style, with white bread and jam. In addition there is coffee, tea, milk, orange juice and cornflakes. Sometimes there are also leftovers from the night before, like meat. Breakfast is served between 7:00 and 8:30am. Northern Europeans have to adapt a bit, because they are more used to fullkorn bread, muesli and salty food for breakfast, but so far they are adjusting well.
Lunch: This is served in a really nice French style with waiters and everything. Everyone has their own assigned napkin and we sit at nicely covered tables. First the waiters serve the appetizer, which is usually some fresh vegetables or something warm. Next the main course is served. This is often a meat or fish dish with rice, potatoes or vegetables, and is always nicely flavored and prepared. If you are still hungry the waiters show up with a tray of assorted cheeses from different regions of France to choose from. Finally it is time for dessert! Everyday there is a new dessert on the menu. This is a thrill for some of us!
Dinner: The main difference between lunch and dinner is that fresh fruit is served for dessert with dinner. Both lunch and dinner are served with white and red wine and water as well.
Dia 8 (22Jun)
Olá a todos!!!
Como vos disse ontem o tratamento dos sedimentos recolhidos durante o dia de ontem e madrugada de hoje deram-nos bastante trabalho. No entanto, ao terminarmos o turno às oito da manhã, como é Domingo, tivemos direito a um pequeno-almoço especial que incluiu croissants recheados com chocolate. Estavam uma delícia…
Entretanto, durante a madrugada após se ter recolhido o tubo Calypso para o convés zarpámos rumo à região da falha Charlie-Gibbs onde, em 1967, o navio oceanográfico R/V Charcot conseguiu obter cerca de seis metros de sedimentos. Durante o cruzeiro MD168 AMOCINT pretende-se obter sedimentos mais profundos usando os equipamentos de carotagem Casq e eventualmente também o sistema Calypso (que vos descreverei amanhã detalhadamente).
O Sol brilhou durante toda a manhã. Um pouco antes do almoço tivemos a oportunidade de avistar novamente terra firme. Passámos relativamente perto das ilhas das Flores e do Corvo, Todavia, algum tempo depois, ao atravessarmos o paralelo 40 deixou de brilhar e a tarde foi um pouco cinzenta e chuvosa. Isso fez com que nos lembrássemos que nos esperam condições climatéricas bem mais adversas e todos receamos o frio com que certamente nos iremos deparar nas latitudes para onde nos deslocamos. O mar esteve também mais agitado do que durante o resto da semana.
Durante a equipa de professores a bordo aproveitou para escrever e actualizar as notícias que temos enviado a professores de escolas de vários países relativas ao cruzeiro e ao projecto AMOCINT. Aproveitei ainda para lavar a roupa suja.
Esperam-nos cerca de dois dias de “trânsito” até à Charlie-Gibbs.
sábado, 21 de junho de 2008
Dia 6 (20Jun)
Olá a todos!!!
O mar esteve calmo durante todo o dia e continuámos “em trânsito” em direcção à região dos Açores. Choveu um pouco durante a manhã e fez-se sentir vento. Ainda assim, nem toda a gente se apercebeu disso, pois ontem à noite celebrámos o aniversário do George Oggian (um simpático técnico laboratorial de Bordéus) e houve uma grande e bela festa a bordo.
Ao ler os emails que recebemos de manhã fiquei super contente por saber que os Celtics, de Boston, venceram o sexto jogo da final da NBA contra os Lakers, de Los Angeles, tendo conseguido o seu 17.º título (e o respectivo anel) 22 anos depois da sua última conquista.
Palestra sobre sedimentação marinha
À tarde a equipa de professores, após ter assistido a mais uma palestra sobre sedimentação marinha e o estudo dos paleoclimas, aproveitou para avançar com a divulgação do projecto AMOCINT e do trabalho desenvolvido a bordo do R/V Marion Dufresne quer pelos cientistas, quer pelos restantes membros da tripulação.
Amanhã de manhã teremos muito trabalho, pois chegaremos ao local da primeira estação de recolha de sedimentos na zona dos Açores e serão recolhidos vários testemunhos de sedimentos.
Day 6 (20 Jun)
Position: 35°43N / 24°21W
Dear fellow Teachers,
Your sailor team Teachers at Sea!